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22/09/2010


DO QUANTO É NECESSÁRIO SER!

                                        A dos Anjos

E eu que servir pão continuo inacabado

Estou no tempo há anos e envelheci

De tudo o que se diria no poema
Tornei-me vasto e crítica a qual respondo!


Como dói a infração desse tempo
Seu estado de nostalgia e gripe
Sua velhice ideal, seu empate na chegada!


Como é supresa essa falta de conspiração
A reunião de mãos eclodindo a vergonha
Os olhos suados de todo lirismo
O tempo, esse ramo sem nome!


E da vida o que sobra é seu gosto tácito?

Impulsões e charme, os que sofrem argutos

Os que se amam num ultimo instante
Os que se sentem atuais, e na alcova?
  

Charles Trocate
Rio de Janeiro
Outubro de 2003




Esta é uma linda das milhares poesias do meu amado amigo Charles Trocate, militante da luta de todos os povos que tem um paradeiro no Pará.
Daquele que empunha todas as poesias e armas contra a ação do agroegócio na Amazônia.

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