DO QUANTO É NECESSÁRIO SER!
A dos Anjos
E eu que servir pão continuo inacabado
Estou no tempo há anos e envelheci
De tudo o que se diria no poema
Tornei-me vasto e crítica a qual respondo!
Como dói a infração desse tempo
Seu estado de nostalgia e gripe
Sua velhice ideal, seu empate na chegada!
Como é supresa essa falta de conspiração
A reunião de mãos eclodindo a vergonha
Os olhos suados de todo lirismo
O tempo, esse ramo sem nome!
E da vida o que sobra é seu gosto tácito?
Impulsões e charme, os que sofrem argutos
Os que se amam num ultimo instante
Os que se sentem atuais, e na alcova?
Charles Trocate
Rio de Janeiro
Outubro de 2003
Esta é uma linda das milhares poesias do meu amado amigo Charles Trocate, militante da luta de todos os povos que tem um paradeiro no Pará.
Daquele que empunha todas as poesias e armas contra a ação do agroegócio na Amazônia.
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